Prof. José Carlos: técnica, paixão e sensibilidade no cultivo das Vandas

Vanda insignis
Vanda dearei

Orquídea de origem asiática, encontrada em regiões tropicais, a Vanda adapta-se às condições climáticas do nosso País, onde já conquistou cultivadores fiéis, atraídos que foram pelo aspecto exótico, a beleza das flores e as florações constantes.

No comércio de orquídeas, é oferecida grande quantidade de híbridos. Mas são as diferentes espécies de Vandas que, de fato, interessam a José Carlos Nascimento de Barros, professor do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que tem seu orquidário no Recife.

Na Universidade, José Carlos trabalha com invertebrados de mar profundo e filogenia de micromoluscos marinhos. Já no território das vandáceas, desde 1998 se dedica ao cultivo de espécies.

Para ele, “as espécies têm sido principalmente um desafio, tanto em obter novidades, como cultivar e dar condições para que elas possam florir”. Assim, já conseguiu reunir raridades trazidas da Sumatra, Sulawesi, Borneo e outras áreas da Indonésia e Malásia. Hoje, fazem parte de sua coleção: Vanda insignis, Vanda sumatrana, Vanda helvola, Vanda merrillii, Vanda brunea, Vanda pumila, Vanda dearei, Vanda jennae, Vanda javieri, Vanda roeblingiana, Vanda bensoni e Vanda hindsii. Verdadeiras preciosidades.

José Carlos as cultiva sob um pequeno telado de 80%, onde as Vandas estão plantadas em cestas de plástico, arame ou madeira, praticamente sem substrato nenhum.

“Preservo a umidade dentro da casa de vegetação apenas com a tela”, diz ele, adiantando que usa o olfato nessa atividade: “Sinto o cheiro da umidade vindo da terra após as duas aguações que faço, uma bem cedo da manhã e outra às 4:00h da tarde, depois que as plantas esfriaram”.

Permanentemente, o Professor pesquisa novas práticas de cultivo, enquanto estuda as doenças e pragas. Unindo conhecimento técnico e sensibilidade, tem conseguido salvar plantas da morte iminente. O tempo todo, José Carlos procura novas espécies para agregar à sua coleção. E isto, confessa, o tem ajudado a “descobrir um sentido para a vida”.

Veja mais algumas fotos da coleção do Prof. José Carlos:

Vanda dearei em cachepot de madeira.
Vanda insignis - brotação.
Vanda insignis - vigoroso enraizamento.
Toda a beleza da Vanda insignis

6 comentários em “Prof. José Carlos: técnica, paixão e sensibilidade no cultivo das Vandas”

  1. Estimado profesor:
    Estaré viajando a Natal en enero (Janeiro) 2014 y me gustaría mucho visitar su orquídeario . Tengo una pequeña colección de más o menos 300 orquídeas y vivo en Buenos Aires, Argentina.
    Desde ya, muchas gracias por su amable atención.
    Cordialmente
    Graciela Aranda. Orquideofila aficionada

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  2. Olá Joana de Brito, desculpe a demora em responder.
    As Vandas adoram adubação sim e bem diluída (homeopática). A rega eu faço três vezes ao dia com um sistemas de irrigação. Escreva para mim que enviarei mais detalhes do meu cultivo junto com as fotos. (mundovan6@yahoo.de).
    abraço,
    José carlos

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  3. Bom dia.
    As vandas podem pegar o sol da manha direto?
    Costumo deixa-las ao sol até 9:30 e 10:00.Estou errada? Se precisar de tela, qual a mais indicada? Um abraço, psrabens pelas suas orquideas, e muito, muito obrigada.

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  4. Boa noite,
    Comprei uma vanda na ultima exposição em minha cidade e as ultimas folhas estão ficando próximas a base moles e amareladas elas estão mais caídas rego as raízes 1x por dia durante a manhã , não consigo entender o que fiz de errado. Gostaria de saber como identificar pelas folhas da vanda se tenho regado muito ou pouco e se a adubação está suficiente .
    Desde já , agradeço a atenção.

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