Conheça as dicas de cultivo do Santa Bárbara

OLYMPUS DIGITAL CAMERA“O cuidado principal no cultivo de orquídeas é administrar a quantidade adequada da água. Quando as orquídeas estão plantadas em vasos, elas só devem ser molhadas quando o substrato estiver seco… Se o substrato permanecer sempre molhado, as raízes apodrecem e a planta pode morrer.” Esta é apenas uma das dicas de cultivo que o Orquidário Santa Bárbara oferece em sua página na internet: http://orquidariosantabarbara.com Nesse espaço, o visitante também poderá informar-se sobre adubação, a escolha de vasos e suportes, os tipos de substrato, iluminação e tantos outros itens que precisam ser levados em conta, para garantir sucesso nessa prazerosa atividade que é o cultivo de orquídeas.

Orquidário Santa Bárbara 05No final, as dicas do Santa Bárbara incluem um item que não podemos ignorar: “A melhor maneira de aprender a cultivar orquídeas é participar de alguma associação de orquidófilos de sua região. Lá você poderá conhecer novas plantas, ouvir palestras relativas à orquidofilia, trocar experiências, ter aulas práticas de cultivo e tirar suas dúvidas.”

A empresa, que fica na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, no interior paulista, a 130 quilômetros de São Paulo, disponibiliza um grande número de Vandas e híbridos de Cattleya, assim como espécies nacionais e estrangeiras. Todas as plantas podem ser adquiridas através do site, na Loja Virtual.

Para você, que está visitando o www.orquidofilos.com, fica fácil acessar a página do Santa Bárbara: basta utilizar o link que aparece no alto, à direita.

(Fotos: Orquidário Santa Bárbara)

Diva Correia fala de semeadura in vitro

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Didaticamente (e com muita paciência) Diva mostrou que não há mistérios na técnica de semear orquídeas em laboratório caseiro. 

A reunião de abril (dia 19) da Associação Cearense de Orquidófilos foi enriquecida pela presença da Drª Diva Correia, pesquisadora da EMBRAPA/CE. Ela discorreu sobre “Meios de cultura e semeadura in vitro“, apoiando-se em dados relacionados a sua própria experiência de trabalho.

Diva Correia mostrou a composição dos meios de cultura e falou de como adaptar a técnica da semeadura in vitro a um laboratório caseiro, encorajando as pessoas a se lançarem a essa experiência. Insistiu, ao mesmo tempo, em citar alguns cuidados que precisam ser tomados, especialmente com relação à perfeita assepsia de todo o material (a começar pelas cápsulas de sementes) e do ambiente onde se vai trabalhar. A palestrante, graduada em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, tem mestrado em Recursos Florestais pela Universidade de São Paulo e doutorado em Recursos Florestais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.

A ACEO considera extremamente oportuno o tema da reprodução de orquídeas in vitro, como forma de atrair seus membros para um campo fascinante do cultivo de orquidáceas. Ao mesmo tempo, esta é uma maneira de se aumentar a oferta de plantas no mercado, tornando-as mais acessíveis a um número maior de pessoas e desestimulando a aquisição de mudas retiradas do ambiente natural. Por todos esses motivos, considera-se que seria das mais promissoras uma estreita colaboração entre ACEO e EMBRAPA.

Roberto Takane traz novas idéias

Roberto Jun Takane
Roberto Takane ministra curso de cultivo de orquídeas

Com 50 pessoas inscritas, realizou-se no último dia 28 de junho, no Cetrede (Centro de Treinamento e Desenvolvimento), em Fortaleza, o curso “Modernas técnicas no cultivo de orquídeas”, ministrado pelo Prof. Roberto Jun Takane, da Universidade Estadual do Pará, Faculdade Cantareira e Associação Água Viva Brasil. A iniciativa do curso foi das mais oportunas e o próprio sucesso de público traduziu o crescimento do interesse pelo cultivo de orquídeas no Ceará. Sua realização inseriu-se também entre os principais objetivos da ACEO, que é a promoção da orquidofilia e da orquidologia em nosso Estado.

O Prof. Takane, doutor em Agronomia pela Unesp, apresentou idéias novas – por vezes polêmicas – e alertou para algumas práticas danosas, que podem comprometer o sucesso de um orquidário doméstico ou comercial. Discorreu sobre diversos tipos de substatos, agregando informações sobre porosidade, qualidade química, pH, condutividade elétrica e outras características. Também falou sobre a necessidade de esterilização desse material e apresentou, em rápidas palavras, o bokashi, adubo biológico que utiliza, com grande sucesso, em seu orquidário.

No final, autografou o livro Cultivo de Orquídeas (LK Editora), assim como CDs dedicados ao mesmo tema, ao cultivo de bromélias e flores tropicais e ao bokashi. A ACEO examina a possibilidade de, até o final do ano, convidar o Prof. Takane para oferecer um novo curso em Fortaleza, enfocando questões que não puderam ser aprofundadas no último dia 28.

A Presidência da ACEO, em nome de todos os associados, externou agradecimento ao Diretor do Cetrede, Prof. Francisco de Assis Melo, que não apenas cedeu espaço e equipamentos para viabilizar o curso, mas ainda ofereceu aos participantes um simpático coffee-break.

A opção pelos defensivos alternativos

Muitos orquidófilos estão revendo seus métodos para combater pragas e doenças. A idéia é utilizar produtos naturais, em substituição aos defensivos químicos, cujos efeitos são comprovadamente danosos.

Sobre esses produtos, alerta o Dr. Darly Machado, em Orquídeas: Pragas e doenças:

“Muitos componentes químicos de inseticidas, fungicidas e bactericidas podem provocar doenças no homem, a curto ou longo prazo, como intoxicações perigosas ou alterações irreversíveis no organismo. Nas orquídeas, a destruição de microorganismos necessários para as transformações químicas dos substratos – nutrição das plantas – ou o desaparecimento de insetos ou pássaros polinizadores das flores reduzem ou impedem a continuidade do ciclo evolutivo normal de nossas plantas”.

Uma receita de defensivo caseiro vem sendo usada, com sucesso, por nossa companheira Miriam Feijó, em especial no combate às cochonilhas. É bastante simples: são 100g de pimenta do reino colocados em infusão em meio litro de álcool, mais uma cabeça de alho “despetalada”, posta em outro meio litro. Deixa-se passar um mínimo de 10 dias. Na hora de usar, coloca-se uma colher de sopa de cada uma das duas infusões em um litro de água, ao qual se mistura um pouco de óleo, para ajudar a fixar o produto nas plantas. Está pronto. É só pulverizar… E adeus cochonilhas!