“Orquídeas Nativas de Florianópolis”: obra de referência já pode ser adquirida

Está à venda, para todo o Brasil, o livro “Orquídeas Nativas de Florianópolis”, fruto do trabalho de uma equipe multidisciplinar que teve, como coordenador técnico/científico e seu autor principal, o geógrafo e botânico Marcelo Vieira Nascimento. O conteúdo da obra, de 475 páginas, está distribuído em 12 capítulos (além da bibliografia):

  • Introdução;
  • Breve histórico sobre Florianópolis;
  • A natureza de Florianópolis;
  • A passagem de naturalistas e botânicos por Santa Catarina e Florianópolis;
  • Marcos jurídicos e normativos para a biodiversidade biológica e a família Orchidaceae;
  • Coleção biológica particular – Orquidário Amélia Cirimbelli Brillinger;
  • Morfologia e estrutura botânica das orquídeas;
  • As orquídeas nativas de Florianópolis – Seus gêneros e suas espécies;
  • Laelia purpurata, a Rainha das Orquídeas do Brasil;
  • As variedades horticulturais da Laelia purpurata;
  • A lista atualizada de Orchidaceae no Estado de Santa Catarina;
  • Glossário de termos botânicos;
  • Bibliografia.

Ao discorrer sobre a Laelia purpurata, o livro conta a verdadeira história dessa orquídea, desde a primeira coleta, realizada por Gaudichaud em, 1831 na Ilha de Santa Catarina, passando pela mudança do gênero, marcos jurídicos e normativos, variedades horticulturais e outros aspectos.

RESULTADOS

Após quatro anos de intensos trabalhos de gabinete, revisões bibliográficas e, principalmente, expedições de campo em todo território do Município de Florianópolis (Ilha de Santa Catarina e área continental), o público em geral, os pesquisadores e cientistas poderão apreciar 287 táxons, sendo 285 espécies e dois híbridos naturais, pertencentes a 97 gêneros de Orchidaceae.

Destes táxons, 210 (73,2%) são epífitas, 58 (20,20%) são terrícolas, 17 (5,90%) rupícolas e duas hemiepífitas (0,75), ocorrendo em diversos fitofisionomias. Cento e trinta e cinco espécies e os dois híbridos naturais registradas para o Município de Florianópolis são endêmicas do Brasil e 98% delas são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Quarenta espécies foram registradas pela primeira vez para o Município de Florianópolis e sete novos registros para o Estado de Santa Catarina. Quatorze espécies registradas em Florianópolis são citadas como ameaçadas de extinção, por conta, principalmente, da perda ou destruição do habitat natural e coleta ilegal para fins comerciais.

Importante: a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) não comercializa livros; apenas divulga o lançamento de obras representativas da Orquidofilia e Orquidologia brasileira. Quanto ao livro “Orquídeas Nativas de Florianópolis”, este pode ser adquirido:

  • Na Fina Orquídea Livraria, através do site www.finaorquidea.com
  • Diretamente com o autor, Marcelo Vieira Nascimento, pelo telefone (55) 48 99145928 (WhatsApp).

ACEO prorroga mandato da atual Diretoria

COMUNICADO

O Conselho Fiscal e Deliberativo da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), amparado no que prevê o Art. 48 do Estatuto Social da entidade, COMUNICA aos associados o que se segue:

Desde a reestruturação da ACEO, em abril de 2007, esta entidade tem realizado, a cada biênio, eleição para renovação de seus quadros administrativos. Em princípio, o processo de renovação deveria acontecer no próximo mês de abril. Entretanto, diante das restrições impostas pela pandemia de coronavírus, que coíbem, preventivamente, a circulação e aglomeração de pessoas, este Conselho decidiu, em reunião virtual realizada na noite de quinta-feira, dia 18/03/2021, prorrogar por 6 (seis) meses o mandato da atual Diretoria Executiva. Ao cabo desse período, será feita nova avaliação da segurança sanitária no Ceará e no País, podendo-se então determinar nova prorrogação por igual período, caso se considere necessária para preservar a saúde dos associados.

O Conselho confia em que os membros da ACEO, durante esse lapso de tempo, manterão os elos entre si, no âmbito dos espaços virtuais da Associação, até que possam, em segurança, participar de reuniões, exposições e outras atividades presenciais. Nessa ocasião, realizar-se-á a eleição de nova Diretoria, nos moldes tradicionais, com a apresentação das chapas concorrentes e emissão de voto secreto, o que, no momento, se considera inviável.

Fortaleza, 18 de março de 2021.

Ana Maria Vasconcelos Coelho
Teresa Tobella Chardon
Júlio César Alves de Sousa

É hora de inscrever-se para o IV SIMBRAORQ

O GPEOrq – UNOESTE (Grupo de pesquisa e extensão em orquídeas da Universidade do Oeste Paulista) segue com os preparativos para a quarta edição do Simpósio Brasileiro de Orquídeas – IV SIMBRAORQ. Pela primeira vez em versão on-line, devido às recomendações das autoridades sanitária, o Simpósio terá como tema “Conservação e melhoramento”.

O evento, que teve sua primeira edição realizada em Fortaleza, em 2013, sob os auspícios da Universidade Federal do Ceará (UFC), deve contemplar desta vez importantes novidades nas áreas temáticas, por meio da participação de especialistas mundiais em temas como bancos de sementes e conservação, polinização, crioconservação, cultivo racional de espécies de interesse ecológico-econômico, técnicas de cultivo, pragas e doenças, produção in vitro, entre outros.

O IV SIMBRAORQ estará divido em cinco encontros:

  1. Conservação e Biodiversidade
  2. Biologia
  3. Citogenética/Evolução/Melhoramento
  4. Cultura de tecidos
  5. Cultivo e Produção

O objetivo é abrir o diálogo científico em diferentes níveis de conhecimento (técnico, graduação e pós-graduação). Portanto, profissionais da orquidicultura e/ou estudantes são muito bem vindos!

Simpósio Brasileiro de Orquídeas iniciou-se, em 2013, em Fortaleza, sob os auspícios da Universidade Federal do Ceará.

As inscrições com apresentação de trabalho vão até 07/03/2021.

Link para inscrição: https://www.unoeste.br/Eve/659

O envio de trabalhos se dará diretamente ao e-mail do evento: 4simbraorq@gmail.com

Em desfile, as mais “clicadas” este ano

Exibimos a seguir 12 fotos postadas, em 2021, no Instagram ACEO – @aceo6270. São aquelas que, até o momento, recolheram o maior número de “likes” em nossa página na referida plataforma. A pequena coleção dá uma mostra da variedade de orquídeas cultivadas, em Fortaleza e Região Metropolitana, pelos membros da Associação Cearense de Orquidófilos. As legendas das fotos identificam as flores fotografadas, bem assim o fotógrafo (que, em todos os casos, foi também o cultivador).

Cattleya labiata tipo – Cultivo e foto: Ademir Vicente 
Blc. Crownfield Meendenhall – Cultivo e foto: Alexandre Araújo
Cattleya walkeriana caerulea – Cultivo e foto: Estanislau Queiroz
Vandas (conjunto) – Cultivo e foto: Michelle Canário
Cattleya eldorado – Cultivo e foto: Herych Ximenes
Cattleya labiata – Cultivo e foto: Herych Ximenes
Vanda híbrida – Cultivo e foto: Teresa Tolbela
Lc. Remo Prada ‘Crown’ – Cultivo e foto: Ademir Vicente
Cattleya labiata var. alba – Cultivo e foto: Italo Gurgel
Cattleya lueddemanniana – Cultivo e foto: Ademir Vicente
Rodriguezia venusta – Cultivo e foto: Ademir Vicente
Cattleya labiata – Cultivo e foto: Herych Ximenes 

Pablo Figueiredo: divulgando com amor o cultivo de orquídeas

Pablo partilha a vocação médica com a orquidofilia.

As redes sociais têm sido utilizadas, nos últimos tempos, para difundir fake news e mensagens de ódio que, em nosso país, concorrem para alimentar a radicalização e agravar uma lamentável polarização entre os brasileiros. Pablo Figueiredo, aluno de Medicina da Universidade Federal da Bahia, foi noutra direção. Aproveitando o isolamento social imposto pela epidemia de coronavírus, ele começou a postar mensagens no Instagram, YouTube e Facebook, onde extravasa seu amor às orquídeas, mostrando sua coleção e falando dos tratos culturais que dispensa às plantas.

Comunicativo, usando uma linguagem despretensiosa e abordando temas do dia a dia dos orquidófilos, rapidamente ele foi conquistando seguidores. As postagens diárias no Instagram mostram detalhes que ganham importância para aqueles verdadeiramente apaixonados pelas flores: a pequena gema que anuncia uma nova haste, a raiz que começou a desenvolver-se, a espata cheia, o botão que está para desabrochar a qualquer momento… As regas diárias -abundantes, generosas – merecem destaque.

E não são somente as orquídeas povoam os stories. Pablo se interessa por plantas de um modo geral e dispensa cuidados, igualmente, às árvores do jardim e à horta doméstica onde plantou ervas aromáticas. Ele começou cultivando orquídeas na varanda do apartamento, na Capital baiana. Mas, por conta do excesso de vento, eram frequentes as perdas. Com a chegada da pandemia, transferiu-se para a casa da sogra, em um aprazível bairro de Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador. Foi ali que construiu um pequeno orquidário, que passou a servir de cenário para suas postagens. Surgiram as parcerias, como aquelas com Douglas Kruger (@douglas.kruger.90) e Associação Cearense de Orquidófilos (@aceo6270).

Ana Paula Lino: simpatia e conhecimentos.

As lives ganharam impulso quando, em outubro do ano passado, ele iniciou uma programação ambiciosa, que reuniu experts de todo o País para discutir temas como iluminação, regas, ventilação, adubação, doenças e pragas, etc. Tomaram parte nesses encontros semanais: Vanessa Merlyn, Breno Bueno, Roberto Martins, Leonardo Gariolli, Reginaldo Vasconcelos, Eloísa Militão, Francisco Deusvando e, representando a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), Michelle Canário e Italo Gurgel.

Mais recentemente, Pablo abriu o leque temático das lives, que passaram a tratar do cultivo de outras plantas, já não se restringindo ao universo das orquídeas. É o caso da live com Ana Paula Lino, agendada para essa terça-feira, 2 de fevereiro, e que tratará de “Plantas floridas dentro de casa”. Ana Paula é especialista em plantas há 40 anos e, só no Instagram, reúne mais de 180 mil seguidores (@ana.paula.lino).

Siga Pablo Figueiredo: no Instagram (@pabloorquideas), no YouTube (veja o vídeo inaugural – https://youtu.be/JtnsdSYlUz0) e no Facebook (facebook.com/pabloorquideas).

Cattleya labiata: fevereiro foi o mês mais florífero em 2020

Em 2020, o mês de fevereiro afirmou-se como o período de maior número de Cattleyas labiatas floridas no orquidário do Prof. Italo Gurgel, no município do Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza/CE). É o que se observa no gráfico abaixo, que apresenta o número de florações para cada mês, ao longo de todo o ano. Como sempre acontece, o primeiro trimestre se revelou mais produtivo do que todo o restante do ano, concentrando o maior número de episódios (aqui representados pelo lançamento de hastes florais, não se computando o número de flores).

A coleção de C. labiata do Prof. Italo – Diretor de Comunicação da Associação Cearense de Orquidófilos – reúne, atualmente, cerca de 270 plantas, das quais 200 adultas e as demais em diferentes estágios de crescimento. Aproximadamente metade das touceiras são desdobramentos de plantas originárias das serras cearenses; a outra metade foi adquirida em orquidários comerciais do Sul e Sudeste do País.

A grande maioria das labiatas está fixada em estacas da madeira “sabiá” (Mimosa caesalpiniifolia), conhecida, em outras regiões, como “sansão do campo”. Todas ficam penduradas em varais. O orquidário é coberto e envolvido, nos quatro lados, por tela de 70% de sombreamento. A adubação é semanal, com “Nutriorqui”, e as regas são feitas diariamente, tanto com o esguicho de mangueira como através de um sistema automático de nebulização.

Quanto às condições climáticas, destaque-se que o município de Eusébio fica na zona costeira, com pluviometria média de 1.532 mm ao ano. A época chuvosa ocorre de janeiro a junho; o segundo semestre é de muito sol e calor, amenizado pela brisa que sopra do mar. Ao longo do ano, em geral, a temperatura varia de 24°C a 31°C, sendo raramente inferior a 22°C ou superior a 32°C. O orquidário está instalado em uma área densamente arborizada, a 15 quilômetros da praia.

Ao anunciar, anualmente, o resultado da sua estatística para a floração da C. labiata Lindley, o Prof. Italo Gurgel chama a atenção para o fato de que, embora suas anotações, iniciadas em 2003, ofereçam números confiáveis, é necessário levar em conta que os dados obtidos podem divergir dos de outras coleções da mesma espécie, no próprio Estado do Ceará, uma vez que as condições ambientais e os tratos culturais serão, naturalmente, diferentes.

Segue-se tabela apresentando, mês a mês, o número de florações nos últimos cinco anos. Fica nítido que, entre 2016 e 2020, o padrão praticamente se repete todos os anos. Os meses de janeiro e fevereiro trazem alta produção de flores, representando o ápice de um período ascendente iniciado em novembro do ano anterior. A partir de março, as florações se reduzem, até chegarem ao patamar mais baixo em junho, julho e agosto. Segue-se uma ascensão, que vai fechar o ano novamente em alta.

Grandes temas da orquidofilia estão nas páginas da “Lusorquídeas”

Na capa: Phragmipedium besseae (Foto e cultivo de Graziela Meister)

Já está sendo distribuído, em meio virtual, o volume XII, nº 4, da revista “Lusorquídeas”, editada pela Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO). Dentre outros conteúdos do mais alto interesse, esta edição traz entrevista de José Costa com Pedro Suárez, jovem biólogo apaixonado pela Biologia Evolutiva e que tem pesquisado, especialmente, a evolução das orquídeas. Sônia Altemburg apresenta as memórias de seu avô, Rolf Altemburg, criador do orquidário Florália e um dos mais importantes nomes da orquidofilia e da orquidologia brasileiras.

Graziela Meister, Presidente da APO, discorre sobre o gênero Phragmipedium. Segundo ela, não são plantas difíceis de cultivar, mas, se optarmos por híbridos, eles se desenvolvem melhor, crescem mais depressa e florescem com muita facilidade. Por sua vez, o paisagista carioca Carlos Keller traz a quinta parte de seu ensaio sobre a genealogia da Cattleya walkeriana semi-alba ‘Tokyo nº 1’ e da Cattleya Kenny, reportando-se às walkerianas albas impuras dos Estados Unidos. Registre-se, ainda, um interessante artigo sobre o gênero botânico Tillandsia, de autoria de Nuno Raposo, membro da APO e proprietário da Tillanvis.

Em sua mensagem aos leitores, Graziela Meister, lamenta os transtornos trazidos pela pandemia de Covid-19, que impediu, até agora, a realização de uma nova edição da Exponor, a grande exposição anual de orquídeas de Portugal, que tem como cenário a cidade do Porto. Por outro lado, ela fala da parceria estabelecida com orquidófilos do Brasil, que possibilitou, durante esse período de isolamento social, a organização de vídeo conferências em torno de temas do interesse de todos os amantes das orquídeas.