Deficientes visuais vão conhecer de perto as orquídeas

Cattleya labiata
Cattleya labiata (clique para ampliar)

O 3º FestOrquídeas de Fortaleza, a se realizar, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, entre 13 e 15 de novembro, será palco de uma oportuna ação inclusiva. A Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) vai instalar, no ambiente da exposição, uma bancada com plantas e vários outros elementos ligados ao cultivo de orquídeas, acompanhados de textos em Braile. O público alvo, evidentemente, são os deficientes visuais, que poderão sentir o perfume das flores e tocar os objetos – até mesmo as plantas – informando-se, ao mesmo tempo, sobre suas particularidades.

Para concretizar esse projeto, a Associação Cearense de Orquidófilos contou com a imprescindível colaboração da Sociedade de Assistência aos Cegos, que traduziu os textos para o Braile e está mobilizando os deficientes visuais para visitarem a exposição. O propósito da ACEO é demonstrar que não existem barreiras para se aproximar da natureza e se apreciarem as flores. Ao mesmo tempo, a entidade pretende conquistar os deficientes visuais para a orquidofilia, que é uma atividade difundida no mundo inteiro, entre pessoas de todas as idades, e para a qual se exige apenas um pré-requisito: amar a natureza e aprender a interagir com ela.

Blc. Alma Kee 'Tipmalee'
Blc. Alma Kee 'Tipmalee' (clique para ampliar)

“Quem não tem visão são aqueles que destroem nossas matas”, diz o presidente da ACEO, jornalista Italo Gurgel, lamentando o fato de que, com a destruição de florestas e outros ecossistemas, estão sumindo belas e raras espécies de orquidáceas. A possibilidade é de que algumas delas não tenham sido sequer classificadas. “São tesouros que se perdem para sempre”, acentua Gurgel, lembrando que, em nossos dias, os orquidófilos é que garantem a perpetuação de algumas orquídeas, reproduzindo-as e cultivando-as com os cuidados necessários.

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