Entrevistas da ACEO – nº 22: Marcelo Nascimento, o geólogo que resolveu garimpar orquídeas

Marcelo Vieira Nascimento é geólogo, tem especialização em Botânica de Plantas Ornamentais e mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente, é vice-presidente da Federação Orquidófila de Santa Catarina. Conversando com a presidente Vera Coelho, ele falou de seu orquidário e de sua atuação no campo da Orquidofilia.

Vera Lúcia Matos Coelho – Fale, inicialmente, de seu orquidário.

Marcelo Vieira Nascimento – Meu orquidário, de 400 m2, pode ser considerado uma semiestufa. As paredes laterais têm sombrite com 50%, na cor preta. A altura total (1o pé direito) é de cinco metros. É onde está instalada a cobertura final, na forma de semiarco, coberta com plástico semileitoso, para filtrar os raios solares. A três metros (2o pé direito) do piso do orquidário foi colocado um sombrite com 70%, na cor preta, cobrindo toda a área. O piso é todo de brita 3/4. Abaixo desse piso, mandei fazer um sistema de irrigação (subterrânea), que é ligado durante o verão e somente a cada três dias, mantendo assim a umidade do orquidário, sem molhar as plantas. Acima do primeiro pé direito, há um sistema de irrigação programada para as orquídeas, que é acionado automaticamente, a cada estação do ano, formando uma nuvem úmida. A água usada no orquidário é exclusivamente de chuva, que é acondicionada em reservatório de 3.000 litros, que abastece três caixas d’água de 300 litros, cada uma com uma função específica: a primeira para regar, a segunda para adubar e a terceira com inseticida e fungicida, que são usados em dias diferentes.

VLMC – Pela descrição, seu orquidário é um sonho… Algum outro detalhe que deixou de mencionar?

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Entrevistas da ACEO – Nº 16: Maria do Rosário e o movimento para salvar nossas orquídeas

Ex-Presidente de uma das mais atuantes entidades orquidófilas do Brasil – a OrquidaRio – Maria do Rosário de Almeida Braga conversa com Juliana Coelho, Diretora de Eventos da Associação Cearense de Orquidófilos. No depoimento, aqui reproduzido na íntegra, ela fala de sua preocupação com a preservação das orquídeas no ambiente natural e do papel das associações no campo da educação ambiental. Também conta a história do Orquidário Quinta do Lago, hoje fechado, mas onde as plantas “estão mais lindas do que nunca”.

Associação Cearense de Orquidófilos: Quando aconteceu seu primeiro encontro com as orquídeas? Como foi seu envolvimento com esse universo?

Maria do Rosário de Almeida Braga: Foi em setembro de 1994. O Orquidário Quinta do Lago, que já existia desde 1990, estava se preparando para participar de uma exposição no Museu de Arte Moderna, no Rio. Fiquei completamente encantada com a beleza da floração de setembro.

ACEO: Na presidência da OrquidaRio, você se preocupou muito com a preservação ambiental e, em especial, das orquídeas em seu habitat. Fale-nos sobre a REGUA, esse projeto que teve como parceiro a San Diego County Orchid Society.

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Entrevistas da ACEO – Nº 15: Para o Dr. Ângelo Lo Ré, a Cattleya labiata tem “algo mágico”

Entre albas, semialbas e flores tipo, Ângelo contabiliza a floração da semana no labiatário.
Entre albas, semialbas e flores tipo, Ângelo contabiliza a floração da semana no labiatário.

A esposa Katia e as filhas Carol e Vitória são, no coração do Dr. Benedito Ângelo Lo Ré, as únicas paixões mais fortes do que as orquídeas. Ginecologista, obstetra e também auditor, ele reside em Serra Negra, interior de São Paulo, e é um dos mais respeitados nomes da orquidofilia brasileira, assumindo, sem disfaces, a condição de “labiateiro” inveterado. Aqui, transcrevemos sua entrevista ao “Boletim ACEO”.

Associação Cearense de Orquidófilos: O amor dispensa explicações. Mesmo assim, tente explicar sua paixão pela Cattleya labiata.

Ângelo Lo Ré: Como foi dito na pergunta, sem explicações. Mas vou tentar. No começo é aquela febre, a gente coleciona até capim com cara de orquídea. Meu começo, na verdade, não teve uma data marcante. Meu pai sempre cultivou orquídeas. Hoje, com 84 anos, cuida de todas as suas plantas diariamente. Foi assim que eu cresci, vendo orquídeas, cuidando de orquídeas. Com o decorrer dos anos, casei-me e construí meu próprio orquidário. Acredito que, há cinco anos, comecei a enxergar algo mágico nas labiatas. Talvez eu sempre as visse, mas não as enxergava. Foi admirando os desenhos do labelo e, principalmente, notando as diferenças, que a paixão começou. Paixão, diga-se de passagem, com cara e toda pinta de alucinação. Comprei lotes. Coleções mesmo, daquelas de fazer lista, e indo atrás de cada uma. Como gosto de estudar, não comprei só labiatas, mas também livros. Vários deles. Aí a paixão aumentou. Juntos, a coleção e o estudo fizeram de mim um labiateiro. Anos a fio lendo, cuidando, estudando e conversando muito com os criadores.

ACEO: E o que você descobriu na Cattleya labiata?

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As entrevistas da ACEO – nº 14: Maria Rita e sua paixão pelas micros

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Plantas se aninham num carro de boi e em velho tronco de árvore.

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Acianthera pectinata alba e Carinidium dasystyle.

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Cattleya labiata e Anacheilium cochleatum.

Maria Rita Cabral: médica, mãe, avó, orquidófila. Apaixonada pelas micro-orquídeas, nesta conversa com a vice-presidente da ACEO, Vera Coelho, ela conta como se divide entre os compromissos familiares e as flores, que cultiva, principalmente, em árvores e em velhos troncos que encontra à margem das estradas. Conhecida no mundo orquidófilo como “a mãe leoa”, Rita mora no Rio de Janeiro e cultiva suas orquídeas em Paty do Alferes, na região serrana.

ACEO – Fale-nos, de início, sobre a Maria Rita mãe, avó, esposa, mulher.

Maria Rita Cabral – Formei-me em Medicina, cliniquei por pouco tempo, depois da pós-graduação. Então, com três filhos adolescentes e um na barriga, vi o marido ser transferido para São Paulo, com a indicação de depois ir para o exterior. Optei por abandonar a Medicina e criar meus filhos com carinho, ajudando o marido. Não me arrependi e tampouco fiquei falando só em vassouras e fogão (adoro cozinhar, nada contra a vida doméstica). Envolvi-me com a administração financeira de meu marido e meu sogro, cuidando dos negócios até o dia de hoje (o sogro faleceu). Quando o caçula temporão estava maiorzinho, ganhamos uma neta para criar. E começamos tudo de novo. Minha vida é uma grande alegria, com os quatro filhos, quatro noras e sete netos, junto com o marido. Gosto de estar presente em todos os bons e maus momentos de todos e meu marido diz que eles têm em mim, além da mãe e avó, uma “central de serviços”. Há cinco anos resolvi me dedicar a um estudo e, loucamente, optei pela orquidofilia. Adquiri literatura, até mais cedo que a maioria das orquídeas, fui lendo, fui entrando nas listas, aprendendo, fazendo amizades e estamos aí, orquilouca.

ACEO – Tive oportunidade de conhecer seu cultivo, todo ao ar livre. Algum motivo especial, ou simplesmente não gosta de trancá-as em estufa?

MRC – Quando iniciei o cultivo, coloquei logo uma carrocinha com uns vasos. Fui aumentando e o marido só dizia: “nada de estufa”. Fui estudando, vendo como poderia fazer meu orquidário sem deixá-lo triste, e fui colocando nas árvores. Estas se davam muito melhor. Fui tendo contato com a obra de Érico de Freitas Machado, com sua Florabela, e decidi cultivar em árvores e sob elas. Comprei carros de boi, fiz ripados sob as árvores e aí namorei um tronco (raíz de árvore centenária) que estava numa estrada, em meu caminho. Um dia, não resisti e pedi para comprar. O dono disse: “pague o carreto que eu levo, não lhe cobro nada”. Enchi de orquídeas e fui comprando todos os troncos grandes e bonitos que acho jogados pelos campos de minha região, e colocando as orquídeas. Hoje tenho 15 troncos enormes, oito árvores (duas nespereiras, uma amoreira, uma mangueira, um caquizeiro, um limoeiro, um manacá, uma camélia e outros arbustos). Por vezes, subo na escada para fotografar. Integrei as orquídeas ao paisagismo imaginado por meu marido. Tenho também três pequenos telados, um na saída da casa, um numa parreira velha e outro ao lado da palmeira na entrada. Neles tenho prateleiras em aramado com esquadria de madeira.

ACEO – Sei que cultiva várias espécies, mas as micros têm sua predileção. Qual a maneira adequada de cultivá-las?

MRC – A grande maioria está nos troncos das árvores (nespereiras, principalmente) e nos limoeiros, manacá e camélia. Os galhos finos ajudam muito. O que tenho em vaso, tento colocar sobre um prato grande de plástico, furado, com areia e pedrinhas. Aí mantenho a umidade. Pequenos toquinhos, pedaços de corticeira, pequenas sapucaias também podem ser lugar para elas. Tento manter bromélias ao redor e molho muito o gramado, para a umidade ficar perfeita. Paty, onde estão minhas orquídeas, tem sereno quase o ano todo. A diferença de temperatura entre o dia e a noite também ajuda muito as micros e todas as outras. Num verão chuvoso como este, só aquelas que estão em vaso e cachepot sofrem. O que está em árvore e troncos não reclama.

ACEO – Dentre tantas plantas, existe alguma especial? Por quê?

MRC – Acho que tenho uma predileção por Maxillariinae (elas entouceiram muito e são muito floríferas) e pela Acianthera pectinata alba. Aquela folha enorme, bonita, com uma concavidade incrível, me encanta. Também pelas miudinhas que me obrigam a trocar de óculos e, por vezes, até usar uma lupa para poder observá-las, me enlouquecem. Ver a palmeira cheia de Cattleya labiata, também me alegra. Acho que gosto de tudo. Não estou mais cultivando híbridos, a não ser os que recebo de presente e alguns que adquiri do Jorge Luiz, do Itaorchids.

As entrevistas da ACEO – nº 13: Humberto Epiphanio fala das orquídeas e de Rio Claro

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Humberto Antonio Epiphanio é médico, na cidade de Rio Claro/SP, e ex-Presidente do Círculo Rioclarense de Orquidófilos, fundado a 30 de julho de 1954. “Com certeza, é uma loucura, uma loucura prazerosa. A orquídea tem o dom de magnetizar as pessoas, não é uma flor como as outras”, assim ele explica sua paixão pelas orquidáceas. E complementa: “Nesse mundo moderno, cheio de pressões e cobranças, cultivar orquídeas é a maneira mais correta de se equilibrar. Uma orquídea a mais, um remédio e um psiquiatra a menos.”

Humberto tirou um tempinho de sua agenda e bateu um papo com Vera Coelho, Vice-Presidente da ACEO. Segue-se a transcrição da conversa:

ACEO – Como e de que maneira começou sua relação com as orquídeas?

Humberto Antonio Epiphanio – Há 20 anos, decidi fazer uma homenagem a minha avó, que foi proprietária de uma das mais antigas e tradicionais floriculturas de Rio Claro. Fui ao orquidário do Aniel Carnier e comprei cinco vasos de orquídeas. Coloquei sua foto e uma placa com sua assinatura e tomamos mais de cinco cervejas. Continuo comprando orquídeas até hoje.

ACEO – O Orquidário Humberto Epiphanio é referência mundial em termos de boas e belas orquídeas. Qual é sua história?

HAE – Absolutamente, meu orquidário não é referência mundial. Longe disso! Sou mais um apaixonado do que um grande “entendedor” de orquídeas. Digo sempre que o maior prazer, acima até do produto final – a flor -, é o contato que o cultivo de orquídeas nos oferece.

ACEO – Gostaríamos que falasse sobre a relação da cidade de Rio Claro com as orquídeas.

HAE – Como já disse, minha história na orquidofilia é relativamente recente (apenas 20 anos), mas aqui, em Rio Claro, até por uma colonização européia, alguns descendentes (Hoffmann, Wenzel, Welhmuth, entre outros) iniciaram um movimento no sentido da criação de uma sociedade que se mantém até hoje em atividade ininterrupta (55 anos) e que serviu de base para movimentos mais amplos, de abrangência nacional.

ACEO – Por que a exposição de orquídeas de Rio Claro, promovida pelo Círculo Rioclarense de Orquidófilos, é considerada a maior e melhor do Brasil?

HAE – Com certeza, pela sua organização, pelo comprometimento de seus associados nessa empreitada e pela colocação das pessoas certas na execução do evento. Nos últimos anos, o cargo foi ocupado pelo orquidófilo Roberto Ferreira, com muita competência. Claro, não poderíamos deixar de destacar a amizade e o carinho dos amigos que participam do nosso encontro.

ACEO – Em junho, a cidade de Rio Claro se torna a “Capital Brasileira das Orquídeas”. No seu entendimento, qual a razão para que orquidófilos de todas as partes do mundo sejam atraídos por essa exposição?

HAE – É sempre nossa expectativa e fazemos tudo para que isso aconteça. Todos os orquidários, além de nossa principal exposição, se preparam para receber os visitantes.

ACEO – Rio Claro é destaque em termos de grandes orquidários. É possível viver em harmonia ou existe uma competitividade comercial entre eles?

HAE – Estaria sendo hipócrita em dizer que existe uma harmonia total entre todos os orquidários. Nossa expectativa é que todos se respeitem. Acontece em todos os setores da atividade humana, por que não iria acontecer na orquidofilia rioclarense?

ACEO – O que a 65ª Exposição de Orquídeas reserva para este ano?

HAE – Todo o empenho possível para que haja pelo menos o mesmo número de entidades expositoras e o maior número de flores possíveis, com grande congraçamento entre os orquidófilos. E que ela se constitua, uma vez mais, num encontro inesquecível.

As entrevistas da ACEO – nº 12: Eduardo Dieter Mucke – a alegria e o prazer de cultivar Vandas

As Vandas ocupam lugar de destaque no Santa Bárbara.
As Vandas ocupam lugar de destaque no Santa Bárbara.

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A Cattleya lueddemanninana (abaixo) concorre em pé de igualdade.

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Para ele, cultivar Vandas só lhe traz alegria e prazer. Eduardo Dieter Mucke, nascido em São Paulo, descendente de alemães, cultiva orquídeas comercialmente, em Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista. Foi ali que instalou o Orquidário Santa Bárbara, um dos mais conceituados do País e que acaba de estabelecer parceria com a Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO. Nesta entrevista, concedida a Vera Coelho, ele fala de como vem trilhando, há décadas, os caminhos da orquidofilia.

ACEO – Como nasceu sua paixão pelas orquídeas?

Eduardo Dieter Mucke –  Tudo começou quando passei a caminhar pelas matas intocadas pelo homem. A natureza pura é sempre muito bonita. Nessas andanças, apreciava as árvores com muitas orquídeas floridas e elas me fascinavam. Aprendi muito cedo com a natureza, observando como cada planta se desenvolvia. Na década de 80, construí uma casa em Santa Bárbara d’Oeste e, num pequeno espaço de 8 m2, fiz um “puxadinho” para abrigar minha modesta coleção. Nesse hobby, como quase todo orquidófilo, fui comprando mais e mais. Quando me dei conta, o espaço era insuficiente para acomodar tantas plantas. Fiz outros “puxadinhos”, até que surgiu a primeira estufa, com 105 m2. Adquiri muitos exemplares bons, que chamavam a atenção dos amigos.

ACEO – Como surgiu o Orquidário Santa Bárbara?

EDM – Com o incentivo da esposa e dos amigos, além de excelentes matrizes, comprei o terreno vizinho a minha casa e foi lá que surgiu o Orquidário Santa Bárbara, hoje com 50 estufas, situadas em quatro diferentes áreas, onde passei a comercializar Cattleya e híbridos de Cattleya, inicialmente, e a importar orquídeas de Taiwan, quando, na época (1991), a importação era mais simples. Nesse meio tempo, comecei a investir também em espécies. Adquiri de um orquidófilo, que trouxe da Venezuela, algumas Cattleya lueddemanniana muito bonitas e hoje temos uma excelente coleção, com cruzamentos excepcionais. Há oito anos, em 2001, fui à Tailândia com o César Wenzel, orquidófilo de Rio Claro, em busca de novas espécies de Cattleya, que não existiam no Brasil. Fiquei, no entanto, encantado com as Vandas, pois a Tailândia é o celeiro mundial dessas plantas. Comparando com o clima brasileiro, achei que elas floresceriam aqui muito bem. Adquiri algumas mudas e passei a cultivá-las.

ACEO – O Sr. tem uma predileção em termos de orquídeas?

EDM – Minha primeira paixão foi a Coelogyne pandurata, de cor verde e labelo preto. Depois os híbridos de Cattleya, que passei a meristemar, e as Vandas, que são de uma beleza indescritível.

ACEO – Fale-nos do seu cultivo de Vandas, das vantagens e desvantagens. Algum segredo guardado a sete chaves?

EDM – Cultivar Vanda só me dá alegria e prazer. Não necessita de substrato, as raízes ficam livres e expostas ao ar. Não tem problema com lesma e caracóis, pela inexistência do substrato, consistindo isso numa grande vantagem. Outra que posso citar é a beleza e a durabilidade da flor. Não vejo nenhuma desvantagem. O segredo é adubar e molhar com regularidade. A água e o adubo foliar devem ser misturados para melhor desenvolvimento da planta.

ACEO – Se fosse começar tudo de novo, começaria com orquídeas?

EDM – Com certeza, se pudesse voltar no tempo, trabalharia somente com orquídeas, atividade prazerosa, que exige dedicação e comprometimento, mas é aquilo de que verdadeiramente gosto e o resultado só me traz felicidade.

As entrevistas da ACEO – nº 11: Waldir Lima Leite, um “labiateiro” de carteirinha

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Waldir ministra oficina de cultivo de orquídeas, durante o II FestOrquídeas de Fortaleza. Não houve cadeiras suficientes para um público tão numeroso e muitos se sentaram no chão… sem reclamar. 

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Na premiação do II FestOrquídeas, Waldir entrega o troféu “Labiata de Ouro” a Mirian Feijó.

Um dos fundadores da Sociedade Cearense de Orquidófilos (mais tarde rebatizada de Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO), o engenheiro agrônomo Waldir Lima Leite traz no sangue a seiva das orquídeas. Ou, mais precisamente, da Cattleya labiata, espécie da qual se considera “um preservador”. Paraense, criado em Pernambuco e adotado pelo Ceará, testemunha dos primeiros anos do movimento orquidófilo no Nordeste, na década de setenta, ele narra aqui um pouco dessa história e reparte sua experiência no trato das plantas.

ACEO – Quem contribuiu para o surgimento da orquidofilia no Ceará?

Waldir Lima Leite – O norte-americano Arthur Peterson foi o idealizador da Sociedade Cearense de Orquidófilos, fundada em 1977. As primeiras reuniões aconteciam na casa dele. Foi ele quem agrupou as pessoas, quem liderou naquele momento.

ACEO – Como foi que a SCO atuou nos primeiros anos?

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