O Orquidário Nacional, mantido pelo IBAMA em sua sede, em Brasília, abriga uma espécie curiosa de orquídea – o Grammatophyllum speciosum (ver fotos). Ela se encontra no centro de um laguinho, na frente do orquidário. Aí se procurou recriar o ambiente natural em que ela ocorre, nas várzeas tropicais da Ásia. Graças aos cuidados que recebeu, tem florido regularmente.
Trata-se de uma planta epífita (ocasionalmente, rupícola), que forma touceiras espetaculares. Seus pseudobulbos cilíndricos podem atingir 2,5 m de comprimento, o que levou a ser chamada, popularmente, de Orquídea Gigante. As flores são de cor amarela, com marrom ou manchas vermelhas. Quando abrem, a cada dois, três ou quatro anos, os cachos chegam a lançar, cada um, 80 flores de 10 cm de largura. A florada dura até dois meses.
O Grammatophyllum speciosum é nativo de Nova Guiné, Indonésia, Malásia e Filipinas. Uma touceira dessa orquídea, pesando duas toneladas, foi destaque na exposição de 1851 no Palácio de Cristal, em Londres. Hoje, ela poderia ser vista numa bela área verde de Brasília, onde o IBAMA tem sua sede nacional. Acontece que as visitações foram suspensas. O Orquidário – conforme anunciado pela mídia e repercutido neste site – encontra-se fechado para visitação, por conta do precário estado de suas instalações.
A comunidade orquidófila e todos os amantes da natureza esperam uma rápida solução para o problema, pois se trata de um rico patrimônio da sociedade que precisa ser preservado. O Orquidário Nacional, além de servir de base para importantes estudos na área da Orquidologia, conduzidos ali pela engenheira florestal Lou Menezes, pesquisadora conhecida internacionalmente, desempenha um papel pedagógico fundamental. Todos os visitantes – crianças, jovens e adultos – se encantam, invariavelmente, com as orquídeas, aprendem sobre a importância de se preservarem seus ambientes naturais… e assim se tornam aliados do próprio IBAMA na defesa da fauna e da flora brasileiras.