“As Orquídeas da Serra do Castelo”: lançado o terceiro volume

As orquideas da Serra do Castelo - Capas

Já está à disposição dos orquidófilos o terceiro volume do livro “As Orquídeas da Serra do Castelo – Espírito Santo/Brasil”. A obra bilíngue (português/francês) dá sequência ao trabalho de Guy R. Chiron e Renato Ximenes Bolsanello, responsáveis por um amplo levantamento das mais de 730 espécies que habitam a Serra do Castelo. Foram cerca de 13 anos de pesquisa e documentação fotográfica e taxonômica dessa região extremamente rica em orquidáceas.

O livro tem 400 páginas em papel couché de alto brilho, com 166 fotos e 157 ilustrações. Neste terceiro volume, são apresentadas 169 espécies de 34 gêneros, com notas taxonômicas e descrições morfológicas. Dos quatro volumes da série, foram lançados, até agora, os números 02 e 03. Os interessados em adquiri-los podem obter mais informações entrando em contato com os autores, através do e-mail: renatoxb@hotmail.com

Sorteio de uma linda orquídea de Natal

A Associação Cearense de Orquidófilos reservou um super brinde para os visitantes do www.orquidofilos.com.

Para concorrer, basta ler qualquer matéria sobre o 7º FestOrquídeas de Fortaleza, realizado em novembro, e em seguida clicar no link abaixo para cadastrar o seu e-mail para receber notícias do Orquidofilos.com.

Clique aqui para concorrer a uma
linda orquídea de Natal da ACEO

Serão considerados, para fins de sorteio, os cadastros feitos até as 24 horas do dia 31 de dezembro. No dia 2 de janeiro, será feito sorteio entre todos os cadastrados com e-mail válido. Somente concorrerão os residentes no Brasil.

Nós entraremos em contato por e-mail e o ganhador receberá, em sua casa, sem custos, um exemplar adulto, desenvasado, do belo híbrido Lc. Cuisseag ‘Manka-En’ , ilustrado na foto abaixo.

Lc. Cuisseag 'Manka-En'
A bela orquídea que será sorteada entre os visitantes do Orquidofilos.com

7º FestOrquídeas – novas imagens

É como se o 7º FestOrquídeas de Fortaleza, realizado de 22 a 24 de novembro/2013, ainda não tivesse acabado. Imagens da bela exposição continuam circulando nas redes sociais, com o que se amplia o espaço e o tempo da exposição. Aqui, a ACEO revela mais algumas fotos do jornalista e webdesigner Marco Antônio Alencar, autor do cartaz de diversas edições do FestOrquídeas – o maior evento orquidófilo do Ceará. Marco se deteve não apenas nas flores (individualmente ou formando conjuntos), mas também nas pessoas de todas as idades que visitavam o local, que adquiriam plantas, fotografaram e se deixavam encantar com a beleza das orquidáceas.

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FestOrquídeas 2013: as imagens em movimento

O jornalista e fotógrafo Marco Antonio de Alencar, autor do cartaz do 7º FestOrquídeas, produziu um pequeno vídeo sobre a exposição. As imagens em movimento, mais do que as fotos estáticas, traduzem o ambiente da mostra, realizada entre as mangueiras da Casa de José de Alencar, de 22 a 24 de novembro/2013. Aliás, a casinha onde nasceu o escritor cearense abre o vídeo, que se detém nos diversos espaços da festa e, evidentemente, também na beleza das flores. Veja as imagens:

Doe de Coração – Solidariedade tem espaço entre as orquídeas

Doe de coracao

Doar órgãos é um ato de solidariedade. É também quebrar barreiras do preconceito e amar anonimamente. É dar chance e alegria aos que lutam pelo recomeço de sua vida. Pensando nestes e em vários outros pontos relacionados à doação de órgãos, a Fundação Edson Queiroz lançou, há 10 anos, o movimento “Doe de Coração”, que objetiva fomentar a conscientização pela doação voluntária de órgãos no Ceará. Este ano, a campanha instalou um estande no ambiente do 7º FestOrquídeas de Fortaleza, inserindo o tema da solidariedade e da cidadania na grande festa dos amantes das orquídeas.

“Doe de Coração” sensibiliza a sociedade sobre a temática através de anúncios em veículos de comunicação, distribuição de cartilhas, cartazes e camisas. Há também a mobilização realizada em hospitais públicos e privados, clínicas, escolas, no Sistema Verdes Mares, na Unifor e em outras grandes entidades e instituições.

De acordo com dados da Central de Transplantes do Ceará, em 2003, primeiro ano da campanha, foram realizados 420 transplantes. Em 2012, o total geral foi de 1.269, 849 a mais, em comparação com o ano de 2003. Atualmente, nosso Estado ocupa o 1º lugar nacional em doação efetiva de fígado por milhão da população, o 2º em doação de coração e pâncreas e o 3º na doação de pulmões.

Exposições vão de Norte a Sul

Cartaz - Dona Lindu 2013No Parque Dona Lindu, praia de Boa Viagem, no Recife, o Villaldeia Orquídeas estará expondo de 5 a 15 do corrente mês, entre 8:00h e 20:00h. Sem necessidade de inscrição e totalmente gratuitos, às 10:00h dos sábados (07/12 e 14/12) e domingos (08/12 e 15/12) serão realizados minicursos e oficinas gratuitas sobre cultivo de orquídeas. A ideia é colocar mais flores no Natal dos pernambucanos.

Cartaz - Orleans 2013

Já em Santa Catarina, a Federação Catarinense de Orquidófilia e o Círculo Orquidófilo de Orleans e Região convidam para o 8º Festival de Orquídeas, que acontecerá, naquela cidade, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro. O local é o Centreventos Galeano Zomer, próximo à Rodoviária. No cartaz da exposição, realça a bela Laelia purpurata flâmea ‘Budny’.

Cartaz - Cabo Frio 2013

Cabo Frio, no Estado do Rio, terá exposição de orquídeas, a partir dessa quinta-feira, dia 5, até domingo, dia 8, no Museu José de Dome – Charitas (Av. Assunção, 855), no Centro da cidade. São as orquídeas invadindo o Corredor Cultural. A realização é do Orquidário Maricaense, com apoio do Charitas.

Lou Menezes: Situação das florestas brasileiras é desoladora

Lou: "Nosso grande desafio é equilibrar o desenvolvimento sustentado com a preservação ambiental."
Lou Menezes veste a camisa do FestOrquídeas

Lou Menezes (Bióloga, analista ambiental, Chefe do Orquidário Nacional do IBAMA, Coordenadora do projeto Orquídeas do Brasil, do IBAMA-Brasília)

No mundo misterioso das florestas tropicais encontram-se as chamadas ilhas de dispersão das espécies, que na verdade são refúgios de plantas e animais que não se repetem ao longo de todo o território dominado por tais florestas. Esta ocorrência implica a necessidade e urgência do tombamento dos remanescentes florestais, única maneira de se preservarem amostras típicas dessas florestas. O desaparecimento de ecossistemas tem dizimado populações de orquídeas e levado à extinção de milhares de outras espécies vegetais.

De uma maneira geral, grande parte das florestas brasileiras encontra-se numa situação tão alarmante quanto desoladora. Muitas não só foram quase totalmente erradicadas, como as que ainda permanecem apresentam-se rarefeitas em face da retirada sistemática de madeiras do tipo nobre ou madeiras de lei, motivo pelo qual tais matas são denominadas de “catadas”.

Possuidor das maiores florestas tropicais da Terra, o Brasil não tem propriamente uma ciência, uma tecnologia, uma tradição florestal capaz de conciliar as necessidades de ordem social-econômica e demográfica do país com a imperiosa urgência que implica a preservação e conservação de nossos recursos naturais. Urge que uma política ambiental efetiva se desenvolva além da que existe, que parece tímida diante das necessidades do país em desenvolvimento para o Primeiro Mundo.

As derrubadas e queimadas que devastaram as matas nativas no Sul brasileiro alcançaram o Sudeste, o Centro-Oeste, o Nordeste e que hoje consomem a Floresta Amazônica, são responsáveis pela formação de grandes áreas áridas, um passo para a formação de grandes desertos. O bioma Cerrado sofre um processo de devastação ambiental aterrador e incontrolável. O crescimento da ocupação agrícola, notadamente voltada para os plantios de soja, cana-de-açúcar e milho, criação de gado em harmonia com a formação de grandes áreas de pastagem, culminando com os intensivos processos de urbanização descontrolada, além de gigantescas represas para a formação de usinas hidroelétricas, são responsáveis pela drástica redução não só do Cerrado mas também de outros biomas.

O cientista e ambientalista inglês James Lovelock, criador da hipótese de Gaia, com base nos estudos de Lynn Margulis, para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra, visto como um superorganismo, diz que “um organismo que afeta o ambiente de maneira negativa acabará por ser eliminado. O aquecimento global foi provocado pelo homem e, por isso, corremos o risco de extinção. Até 2100, é provável que 80% da humanidade desapareça.”

Apesar da criação de grandes áreas protegidas pelo Governo brasileiro, totalizando 75.455.784 hectares em todo o Brasil, sendo 5.415.360 hectares do bioma Cerrado, a preservação se faz em progressão aritmética, enquanto a depredação segue em progressão geométrica. Nosso grande desafio é equilibrar o desenvolvimento sustentado com a preservação ambiental. Assim mesmo, para alguns cientistas, já seria tarde demais para que o desenvolvimento sustentado fosse aplicado, o que deveria ter sido feito 200 anos atrás, quando a população da Terra era de 1 bilhão de pessoas.

Nesse mesmo diapasão, dizem que a perda da biodiversidade é apenas um sintoma de pouca biodiversidade. No que diz respeito às ameaças e recuperações dos paraísos das orquídeas, o trabalho a ser feito para preservação desses maravilhosos organismos depende quase que exclusivamente do empenho e determinação de seus aficionados, que para tal deveriam seguir os mandamentos baseados nas seguintes premissas:

  • Abolir a prática predatória da coleta, por meio da fiscalização dos habitats, levando-se em consideração que cada um cumpra com seu dever, e que a omissão implica a convivência com o processo depredatório.
  • Demanda zero na compra de orquídeas nativas oferecidas pelos mateiros e comerciantes ilegais de orquídeas.
  • Introdução de espécies nos habitats depredados e de onde elas foram originalmente retiradas e de onde nunca deveriam ter saído.
  • Implantação de programas de educação ambiental nas entidades orquidófilas.
  • Manejo seletivo nas populações visando à melhoria genética das espécies.
  • No que diz respeito às cattleyas consideradas joias do Nordeste brasileiro, a obrigatoriedade da criação de áreas de conservação ambiental para habitats de Cattleya granulosa, Cattleya labiata e Cattleya leopoldii. No caso específico da granulosa, o extermínio que a espécie está sofrendo, com a destruição de seus habitats litorâneos no Estado do Rio Grande do Norte, com a implantação intensiva e desordenada de condomínios, um paliativo seria também deixar ilhas de vegetação nativa de Cattleya granulosa e orquídeas associadas nas áreas de condomínios, funcionando como jardins naturais.