No primeiro trimestre, o ápice das florações da Cattleya labiata

Desde 2003, o Prof. Italo Gurgel, ex-presidente e atual diretor de Comunicação da Associação Cearense de Orquidófilos, realiza cuidadoso levantamento do número de florações da Cattleya labiata Lindl. em seu orquidário, na Região Metropolitana de Fortaleza. Hoje, ele revela aqui os números resultantes de suas observações no ano de 2019: Janeiro – 27, Fevereiro – 32, Março – 22, Abril – 7, Maio – 2, Junho – 3, Julho – 2, Agosto – 8, Setembro – 4, Outubro – 9, Novembro – 7, Dezembro – 11.

Transportada para um gráfico, a estatística mostra uma curva semelhante à dos anos anteriores:

Como se percebe, o período de florações mais generosas corresponde ao primeiro trimestre. Seguem-se uma queda acentuada no segundo trimestre e uma lenta e claudicante recuperação a partir de agosto. O ano se encerra com o início da arrancada para um novo pico das floradas, reiniciando-se o ciclo.

Cattleya labiata (conjunto com diversas variedades) – Cultivo e foto: Michelle Canário

Apesar de todos os anos esse desempenho se reproduzir, com pequenas variações, o Prof. Italo observa que suas observações não são conclusivas. Ele lembra que cada orquidário se enquadra em uma realidade diferente, em função das condições de umidade, luminosidade, ventilação, prática de adubação e outras, que podem ter influência decisiva nas novas brotações e florações. E comenta: “Para termos um calendário confiável, que represente de maneira fiel o ciclo da C. labiata no Ceará, o ideal seria que muitos cultivadores mantivessem registros rigorosos do comportamento de suas plantas. Consolidadas as anotações de todos, aí, sim, teríamos um retrato mais fidedigno das florações da Rainha do Nordeste em nosso Estado”.

4 comentários em “No primeiro trimestre, o ápice das florações da Cattleya labiata”

  1. Se flores encantam,
    Orquídease fascinam.
    Meu amigo Ítalo foi escolhido por Deus para cuidar dessa fascinação com catedrático zelo, com amor.
    Que encanto!

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  2. Primo você é um pesquisador! Gostei muito de ver as florações traduzidas em um gráfico. Mas como você comentou são observações colhidas a partir de dados oriundos de orquidários que sofrem variações impostas pela mão humana. Seria muito interessante se tivéssemos esses dados para as florações na natureza. Mas, acredito que seja quase impossível, por vários motivos. Seria também interessante comparar os dois gráficos de floração. Parabéns pelo trabalho.

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