Expedição pesquisa a ocorrência de Bulbophyllum no Ceará

Expedição Bulbophyllum
Marcelo, Cecília, Valéria, Eduardo e Gleidison (da esq. para a dir.).

Expedição formada por pesquisadores de três Estados percorreu uma área do Maciço de Baturité, nos dias 28 e 29 de junho, observando a ocorrência de orquídeas e bromélias. Integravam o grupo Cecília Fiorini, doutoranda do programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Minas Gerais; Valéria Sampaio, da Universidade Federal do Ceará, especialista em Solanaceae; Eduardo Calisto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especialista em Bromeliaceae, e que estuda as bromélias do Ceará; e Marcelo Carvalho, Diretor Técnico da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), estudioso da flora cearense, com enfoque especial nas Orquidaceae. A expedição contou com a colaboração dos ambientalistas Roberto Otoch e Gleidison Lima, que deram inestimável apoio de campo em Mulungu e Aratuba.

Cecília Fiorini faz doutorado em Biologia Vegetal na UFMG. (Foto: Marcelo Carvalho)

Cecília Fiorini tem percorrido vários Estados brasileiros estudando a fileogeografia do complexo Bulbophyllum exaltatum e a evolução dos sistemas de reprodução do clado neotropical de Bulbophyllum (Orquidaceae). Ela veio ao Ceará realizar pesquisas das espécies do gênero que estuda. Aqui, estima-se haver, do clado em questão, duas espécies a serem confirmadas: Bulbophyllum exaltatum e Bublophyllum meridense. São espécies que geralmente ocorrem de forma rupícola, sobre afloramentos rochosos, mas que, no Ceará, vegetam de forma epífita em nossas matas úmidas.

Marcelo e Gleidison examinam exemplar de Epidendrum avicula. (Foto: Valéria Sampaio)

Visto que são raras e ameaçadas de extinção, encontrar orquídeas do gênero Bulbophyllum não é tarefa fácil. Essas plantas têm um alto grau de exigência com luminosidade e umidade e gostam de grandes amplitudes térmicas. Ocorrem em borda de mata ou nas árvores mais altas.

Marcelo Carvalho faz uma avaliação positiva da expedição, que realizou, com finalidade científica, coleta seletiva destinada aos herbários de instituições acadêmicas representadas. “Esperamos que, com as conclusões dos estudos que estão sendo realizados, possamos, futuramente, subsidiar políticas de preservação das orquídeas e de outras espécies de nossa flora”, observou o pesquisador cearense.

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