Festa da orquídea em Maceió, Formiga e São Carlos

Está aberta, em Maceió, a 33ª Exposição de Orquídeas e Bromélias, uma realização da Associação de Orquidófilos e Bromeliófilos de Alagoas. O evento se estende até domingo, dia 14, em novo local – o Maceió Shopping – onde a mostra acolhe os visitantes das 9:00h às 18:00h.

Também é aberta ao público nesta sexta-feira, dia 12, a XVIII Exposição Nacional de Orquídeas da cidade de Formiga (MG). A mostra tem lugar no Colégio Santa Teresina. Realização: Associação Formiguense de Orquidófilos e Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB).

Na cidade de São Carlos (SP), a festa acontece no próximo fim de semana – abertura dia 19, prosseguindo até 21 de abril. Local: Praça XV de Novembro. A 59ª Exposição Nacional de Orquídeas de São Carlos é uma realização do Círculo Sãocarlense de Orquidófilos, com coordenação da CAOB.

Ruschi: quando o Cruzado Novo homenageou o senhor das orquídeas e beija-flores

Em 1989, circulou no Brasil uma cédula de 500 Cruzados Novos, na qual se prestava homenagem ao grande naturalista e ecologista brasileiro Augusto Ruschi. Entre os elementos que ilustravam a cédula, o Banco Central incluiu a imagem de uma Cattleya warneri, em alusão direta à contribuição prestada pelo cientista para um melhor conhecimento das orquídeas brasileiras. Da mesma forma, inseriu o desenho de um beija-flor, por ter sido Ruschi um respeitado estudioso dessa ave, reconhecido mundialmente.

O Cruzado Novo (representado por: NCz$) ficou pouco tempo em circulação. Foi implantado a 16 de janeiro de 1989, sendo substituído pelo Cruzeiro já em março de 1990, em consequência da reforma monetária promovida pelo Plano Verão.

JOVEM CIENTISTA

Augusto Ruschi nasceu em Santa Teresa, município da região serrana do Espírito Santo, em 1915, e morreu em Vitória/ES, a 3 de junho de 1986. Desde a infância, ele revelou forte interesse pelas plantas e animais. Aprofundou-se no estudo da Biologia e tornou-se professor titular na Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do Museu Nacional. Ajudou no combate a pragas na agricultura e na implantação de diversas reservas ecológicas. Também criou duas instituições científicas: o Museu de Biologia Professor Mello Leitão e a Estação de Biologia Marinha Augusto Ruschi. Deixou importante coleção de fotografias e desenhos científicos, além de 400 artigos e 20 livros.

AS ORQUÍDEAS

As orquídeas foram a primeira paixão de Ruschi. Na juventude, ele explorou mais de mil quilômetros quadrados de mata descrevendo, catalogando e classificando exemplares dessa família. Seu primeiro trabalho publicado (com a idade de 15 anos) foi um artigo sobre a descoberta de dois novos gêneros e 19 espécies de orquídeas, trabalho escrito em Latim e com uma metodologia inovadora. Aos 16 anos, passou a trabalhar, como coletor de espécimens, para o Museu Nacional. Aos 19, interessou-se pelos beija-flores, ao descobrir que alguns deles eram responsáveis pela polinização das orquídeas. Aos 22 anos, tornou-se Professor Titular de Botânica na UFRJ.

Dentre as espécies descobertas por Ruschi, estão algumas de grande importância, como a Laelia sincorana (hoje, Cattleya sincorana). Mas, ao homenageá-lo, lembrando essa faceta do cientista, o Banco Central lançou mão de uma imagem da Cattleya warneri, uma das mais representativas da flora orquidófila do Espírito Santo.

DEFENSOR AMBIENTAL

Corajoso na defesa do meio ambiente, Augusto Ruschi envolveu-se em várias disputas com autoridades e grandes empresas, sempre a favor da preservação ambiental. Também foi pioneiro no combate ao desmatamento da Amazônia. Em 1965, em plena ditadura militar, encampou a luta para impedir a concretização de um plano do governo do Espírito Santo para vender madeira de matas nativas e ocupa-las com monoculturas de eucalipto. Condenou os planos oficiais de ocupação da floresta amazônica e falou, em diversos fóruns, a favor dos povos indígenas. Reconhecido como um dos ícones mundiais na proteção ao meio ambiente, em 1994, através de lei federal, lhe foi concedido o título de Patrono da Ecologia no Brasil.

ENCONTRO TRÁGICO

Em 1975, numa viagem ao Amapá, acidentalmente, Ruschi foi envenenado por sapos dendrobatídeos. Teve de ser hospitalizado, emagreceu muito e, pelo resto de sua vida, teria a saúde abalada. Sofria com febres, dores permanentes por todo o corpo, hemorragias e comprometimento do aparelho digestivo. Em 1985, já muito fragilizado por várias malárias e esquistossomoses que contraiu durante as pesquisas de campo, foi acometido de hepatite C. Em janeiro de 1986, após a ineficácia dos tratamentos médicos convencionais, Ruschi se submeteu a um ritual de cura e purificação dirigido pelo cacique Raoni e o pajé Sapaim. Houve melhoras em seu quadro, porém efêmeras, e o estado de saúde continuou agravando-se, até que, a 3 de junho daquele mesmo ano, o grande cientista e cidadão exemplar veio a falecer.

De Pernambuco a Portugal: novas exposições acontecem nos próximos dias

Os cartazes de exposições continuam a chegar à ACEO, convidando para algumas das mais tradicionais festas ligadas ao mundo das orquídeas. Hoje, destacamos:

No Recife, a 47ª Exposição de Orquídeas de Pernambuco está agendada para os dias 8, 9 e 10 de março, no Museu do Estado (Av. Rio Barbosa, 960). Além da mostra e venda de orquídeas, estão previstas palestras e oficinas. Também será prestada uma homenagem às mulheres no seu Dia Internacional, 8 de março.

Na cidade do Porto, em Portugal, a 13ª Exposição/Venda Internacional de Orquídeas acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de março – desta vez, em novo local: a sede da Fundação Dr. Antônio Cupertino de Miranda (Av. da Belavista, 4245). Promove o evento a Associação Portuguesa de Orquidofilia.

Enquanto isso, está chegando a data do Festival de Orquídeas de São Bernardo do Campo/SP (dias 2 e 3 de março). Um curso de cultivo será ministrado no sábado, primeiro dia da mostra, às 14:00h, e no domingo, às 11:00h. O endereço: Av. Redenção, 271, portaria 23, no centro da cidade.

Em Ouro Preto, Minas Gerais, se anuncia a XVIII Mostra de Orquídeas da Região dos Inconfidentes, evento assinalado para os dias 15 e 16 de abril. Onde? Na Casa de Gonzaga, que fica na Rua Cláudio Manuel, 61, em frente à Feira de Artesanato da Igreja de São Francisco de Assis.

Jardim Botânico do Rio recebe este mês as Orquídeas de Verão

Vem aí a Mostra de Orquídeas de Verão, a ter lugar no Orquidário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 25 do corrente mês. As portas estarão abertas das 8:00h às 17:00h.

A Mostra, organizada pela Curadoria do Orquidário/Coordenação de Coleções Vivas do Jardim Botânico, prevê, dentre outras atrações: visitas guiadas, minicursos e palestras sobre o cultivo de orquídeas. No local, estará funcionando uma feirinha de plantas, livros e insumos. Diariamente, será sorteada uma planta entre os 100 primeiros visitantes na parte da manhã.

O calendário orquidófilo de fevereiro também assinala a realização da 20ª Exposição de Orquídeas de Itaguara, marcada para os dias 23, 24 e 25, em Itaguara, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Minas Gerais). Na ocasião, será aberto o Salão da Cattleya bicolor. A visitação se inicia às 20:00h, após apresentação da Banda Nossa Senhora das Dores.

Realização – Associação Orquidófila de Itaguara.

Local – Ginásio Poliesportivo, na Rua Mário Lima, 141, ao lado do Salão Paroquial. A entrada é franca.

Outro agendamento em Minas Gerais é a 19ª Mostra de Orquídeas da Região dos Inconfidentes, que se realizará na cidade de Mariana, nos dias 16 e 17 de março. No sábado (16), o horário de visitação se estenderá das 9:00h às 18:00h; no domingo (17), a Mostra poderá ser visitada a partir das 9:00h, encerrando-se às 16:00h.

Realização – Associação Orquidófila da Região dos Inconfidentes, ASSORI (Instagram: @assori.orquideas)

Local – Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFOP, na Rua do Catete, 166. Entrada franca.

2023, um ano atípico na floração da Cattleya labiata

Em 2023, a floração da Cattleya labiata Lindl. apresentou um padrão atípico, de acordo com a estatística realizada, desde 2007, pelo Prof. Ítalo Gurgel, em seu “Orquidário da Ilha Manôra”, no município do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. O levantamento é dos mais criteriosos, espelhando todas as florações ocorridas, durante o ano, naquela coleção. No início de 2023, havia ali 175 touceiras de labiata, 90% das quais adultas. Ao encerrar-se o ano, esse total se reduzia a 160 plantas, uma vez que o pesquisador vem procurando diminuir, pouco a pouco, o número de exemplares.

O Prof. Ítalo alerta que os dados dizem respeito a um orquidário específico. Ele admite que se a estatística fosse feita em outras instalações – até na mesma região – os resultados provavelmente iriam divergir, uma vez que cada orquidário possui diferenças de umidade, luminosidade, ventilação e, acima de tudo, de tratos culturais, fatores que influenciam na floração. De todo modo, o caráter confiável do levantamento, que é feito há 16 anos, ininterruptamente, o transforma em uma contribuição válida para os estudos sobre a C. labiata, considerada por muitos a mais bela orquídea brasileira e a que melhor representa o Nordeste.

Uma constatação presente em todos os levantamentos é que a labiata floresce, absolutamente, todos os meses do ano – pelo menos, no “Orquidário da Ilha Manôra”. O padrão sempre repetido mostra que o ano começa com a floração em alta. O primeiro trimestre se apresenta como o mais florífero, seguindo-se três meses de queda contínua. Na metade do ano, a flor se torna mais rara (mas não deixa de aparecer). O terceiro e quarto trimestres são de contínua elevação no número de flores, observando-se, em dezembro, que um novo ciclo já está em curso.

O que tornou atípico o ano de 2023, segundo Ítalo Gurgel, foi o elevado desempenho do último trimestre, especialmente do mês de outubro, que fez essa quadra rivalizar com os meses de janeiro, fevereiro e março, que sempre se revelam como os mais floríferos. Ao comprovar que a C. labiata está presente o ano inteiro na “Ilha Manôra”, o Professor detalha as condições climáticas do local onde está orquidário: o município do Eusébio fica na zona costeira do Ceará, com pluviometria média de 1.532mm ao ano. A época chuvosa ocorre de janeiro a junho; o segundo semestre é de muito sol e calor, amenizado pela brisa do mar (a praia está a 15km). Ao longo do ano, em geral, a temperatura varia de 24°C a 32°C, sendo raramente inferior a 22°C ou superior a 32°C.

A grande maioria das labiatas do Professor está fixada em estacas da madeira “sabiá” (Mimosa caesalpiniifolia), conhecida em outras regiões como “sansão do campo”. Todas ficam penduradas em varais. O orquidário é coberto e envolvido, nos quatro lados, por tela de 70% de sombreamento. A adubação é semanal, com “Nutriorqui”, e as regas são feitas diariamente, com o esguicho de mangueira. Nos dias mais quentes, isso é feito duas vezes. Registre-se que a maioria das touceiras incluídas neste levantamento costuma florir mais de uma vez por ano, embora haja algumas que passam um ano ou mais sem lançar flores. Italo Gurgel lembra que, em 2023, seu exemplar #64 (C. labiata tipo ‘Pacoti’), originário da região serrana cearense, lançou novas hastes florais em quatro meses seguidos: janeiro (4 flores), fevereiro (5), março (4) e abril (3), brindando-o, no quadrimestre, com 16 flores. Já o exemplar #34, outra labiata tipo, enviada do Rio Grande do Sul por um amigo do colecionador, floriu seis vezes ao longo do ano, fechando dezembro com uma haste de quatro flores.

As campeãs do 2º Natal das Flores da ACEO

O 2º Natal das Flores, promovido pela Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), encerrou-se domingo, 10/12, após três dias de uma festa que levou milhares de pessoas à Casa de José de Alencar, em Fortaleza. Os associados exibiram suas melhores plantas floridas, numa exposição que encantou o público. No mesmo cenário, espalharam-se os quiosques comercializando variadas plantas ornamentais e materiais de cultivo, enquanto a venda de orquídeas esteve assegurada, com grande êxito, pelo Orquidário Santa Gertrudes e Orquidário Garcia, ambos do Ceará. Na programação da mostra, incluíram-se ainda as oficinas de cultivo e de fotografia, além de outras atividades voltadas para as crianças, as causas sociais, a defesa ambiental e a divulgação da meliponicultura.

No final da tarde de domingo, a presidente da ACEO, Michelle Canário, reuniu um pequeno grupo de associados entregando-lhes a missão de apontar as plantas que mais se distinguiram em cinco categorias diferentes de premiação. Como se poderá perceber, o associado Alexandre de Araújo foi, justificadamente, o grande campeão do evento. Segue-se o podium formado naquela ocasião:

Melhor Cattleya labiataC. labiata var. amesiana – Cultivo: Herych Ximenes

Outras Espécies Brasileiras – 1º lugar – Cattleya aclandiae #19 – Cultivo: Alexandre de Araújo

Melhor Espécie Estrangeira – Cattleya lueddemanniana var. semialba – Cultivo: Alexandre de Araújo

Melhor Híbrido – Bc. Mem. Vida Lee – Cultivo: Alexandre de Araújo

Melhor Cultivo – Anselia africana – Cultivo: Alexandre de Araújo

Orquídeas invadem a Casa de José de Alencar

É o 2º Natal das Flores, promovido pela Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) e que se prolonga até domingo próximo, dia 10. Além da exposição e venda de orquídeas, a mostra abriu espaço para os produtores das mais variadas plantas ornamentais – tilandzias, rosas do deserto, cactos, suculentas, bromélias e muitas outras. Ali também podem ser encontrados vasos, substratos, adubos, suportes e tudo o mais que seja necessário para o cultivo daquelas plantas. O local da festa é, mais uma vez, a Casa de José de Alencar, onde os quiosques de exposição e venda se espalham à sombra das frondosas mangueiras.

A exposição de orquídeas reúne, unicamente, plantas cultivadas pelos membros da ACEO. Nesta segunda edição do Natal das Flores, predomina a Cattleya labiata, espécie originária do Nordeste brasileiro e que está presente em algumas serras úmidas do Ceará. Responsáveis pela venda de orquídeas, estão presentes o Orquidário Santa Gertrudes e Orquidário Garcia, ambos do Ceará. Ressalte-se que todas as plantas foram produzidas em laboratório, por orquidários comerciais, estando totalmente proibida a comercialização (e exposição) de orquídeas retiradas do seu ambiente natural – as chamadas “plantas do mato”. Estas, geralmente, são de má qualidade e, por vezes, portadoras de pragas e doenças.

O 2º Natal das flores também agendou atividades como oficinas de cultivo e de fotografia, jogos infantis e mini palestra sobre o papel das abelhas no equilíbrio ambiental, dentre outras. Importante: o acesso à Casa de José de Alencar é gratuito, assim como o estacionamento de veículos. Importante equipamento cultural da Universidade Federal do Ceará, localizado na Av. Washington Soares, 6055, a CJA é guardiã de tesouros como a casinha onde nasceu o grande romancista cearense, as ruínas do primeiro engenho de cana do nosso Estado, o Museu Arthur Ramos, a Coleção de Rendas de Bilro Luíza Ramos, a Pinacoteca Floriano Teixeira e o Salão Iracema, com obras de Descartes Gadelha.

Todo esse cenário se presta para um excelente programa de final de semana, que deverá atrair milhares de visitantes para se encantarem com as orquídeas e mergulharem em um ambiente cercado de atividades relacionadas ao cultivo de orquídeas, à preservação do meio ambiente, à solidariedade e à valorização da cultura cearense.

Segue-se a programação do 2º Natal das Flores da ACEO:

Dia 08/12/23:

  • Recebimento de plantas – das 08h às 14h.
  • Abertura da Mostra – às 15h.
  • Vendas – das 8h às 17h.

Dia 09/12/23:

  • Mostra e venda de orquídeas – das 8h às 17h.
  • Apresentação da Rede Cuca Ambiental – das 9h às 11h.
  • Jogos ambientais infantis.
  • Oficina de produção de mudas ornamentais.
  • Oficina de cultivo de orquídeas – às 9:30h, com Francisco Garcia, do Orquidário Garcia.
  • Oficina de cultivo de bromélias – às 14h, com Izael Lira, de Natal/RN.
  • Oficina de fotografia – às 15h: “Como fotografar suas flores”, com Fernanda Sobreira.

Dia 10/12/23:

  • Mostra e venda de orquídeas – das 8h às 17h.
  • Das 9h às 12h, apresentação do Meliponário Parque Escola, com Joaquim Saldanha falando sobre “A importância das abelhas para o equilíbrio do meio ambiente”.
  • Oficina de cultivo de orquídeas – às 9:30h, com Elza Ferreira, da ACEO.
  • Oficina de cultivo de orquídeas – às 14h, com Michelle Canário, Técnica Agrícola com especialização em Orquídeas, presidente da ACEO.
  • Encerramento às 16:30h.

O acesso às atividades acima relacionadas é totalmente gratuito. Quem quiser participar de alguma oficina, basta apresentar-se, na hora, no local determinado.

UM HOBBY TRANSFORMADOR

A Associação Cearense de Orquidófilos realiza grandes exposições de orquídeas desde 2007, quando teve lugar o 1º FestOrquídeas de Fortaleza. Esse trabalho, repetido todos os anos (com um interregno motivado pela pandemia de Covid), contribuiu para o surgimento de expressivo público amante das orquidáceas no Ceará, promovendo, a partir daí, uma florescente atividade comercial ligada ao segmento da floricultura.

Tem sido fundamental, ao mesmo tempo, a missão que a ACEO se atribuiu de defender o meio ambiente, especialmente, com uma forte condenação à comercialização de orquídeas retiradas do seu ambiente natural – aliás, uma atividade criminosa. Daí por que, em todas as mostras que promove, a Associação convida orquidários comerciais que colocam, à disposição do público, flores de grande qualidade, produzidas em laboratório e selecionadas, estando isentas, portanto, das pragas e doenças que, costumeiramente, infestam as chamadas “plantas do mato”.

A questão ambiental é um enfoque muito presente na maioria das associações orquidófilas brasileiras. Isso se explica pelo fato de que os ecossistemas mais ricos em orquídeas estão sendo devastados em nosso País. No Ceará, é preocupante a derrubada da vegetação nativa na Serra de Uruburetama, um dos berços da Cattleya labiata em nosso Estado. No vizinho Rio Grande do Norte, a ocupação do litoral avança desordenadamente, fazendo desaparecer o habitat da Cattleya granulosa. Assim, duas das mais belas orquídeas brasileiras estão desaparecendo do seu ambiente natural. Hoje, a sobrevivência delas é garantida, justamente, pelos orquidófilos, que as cultivam de forma adequada e as reproduzem em grandes quantidades.

Obs. – Todas as fotos que ilustram esta postagem são de orquídeas que, na manhã desta sexta-feira (08) estava expostas ou colocadas à venda na exposição da ACEO.